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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

                   BÉRANGER, Pierre Jean de

                       (  França  )

 

Pierre Jean de Béranger (Paris, 19 de agosto de 1780 — Paris, 16 de julho de 1857), poeta, libretista e autor da letra de canções. Foi participante activo do movimento de convulsão social que se seguiu à Revolução Francesa e ao fim do Império, escrevendo algumas das canções mais emblemáticas do fervor revolucionário da época. No auge da sua fama, na década de 1830, comparou-se em popularidade a homens como Victor Hugo e Alphonse de Lamartine. Tendo a atravessado os tempos conturbados da Revolução Francesa e do consulado de Napoleão Bonaparte, deixou uma obra lírica vibrante que ainda hoje desperta o interesse do público erudito.

Foto ; Ver biografia completa em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_Jean_de_B%C3%A9ranger

 

 

CLÁSSICOS JACKSON – VOLUME XXXIX  POESIA 2º. Volume. Seleção de ARY MESQUITA.  São Paulo, SP: W. M. Jacson Inc., 1952.  293 p.  encadernado.         14 x 21,5 cm         Ex. bib. Antonio Miranda 

 

                O VELHO SARGENTO

(Tradução de JUNQUEIRA FREIRE)

       Velho sargento, a distrair seus males
Com essa mão que amortecera a bala,
Ao pé da roca da filhinha amada,
A dois netinhos se sorrindo embala.
Quedo assentado no solar campestre,
Única herança da guerreira sorte,
Dizia às vezes:  “O nascer não basta:
Buscai, meus filhos, uma bela morte!”

Mas que percebe? a caixa que ressoa:
Distingue um esquadrão passar lá fora:
Sobe-lhe o sangue à fronte que goteja:
Velho corcel inda sentia a espora.
Ai! de repente, com tristeza exclama:
“Bandeira alheia e de estrangeira corte!
Sim, pra vingardes esta pátria um dia,
Buscai, meus filhos, uma bela morte!”

“Essa turma de heróis que à voz da pátria
A Fleurus, a Jemapa, ao Reno acode,
De heróis quais a república nos dava,
Quem depois dela dar-nos-á? quem pode?
Sem pão, descalços, sem ouvido aos medos,
Marchavam sempre em ávido transporte:
O Reno só retemperou-lhe as armas.
Buscai, meus filhos uma bela morte!

       “Na farda azul pelas vitórias gasta
Lá entre os prélio que gentil brilhava!
E por solta metralha a Liberdade
Ferros e ceptros nos canhões socava.
De flores as nações por nós libertas
A fronte ornavam dessa audaz coorte:
Feliz quem nessas ovações morrera!
Buscai, meus filhos uma bela morte!

 

       “Para ser nobres lá desertam chefes:
Cobriu tanto valor funéreo pano!
E negra ainda do cartucho a boca
Abre-se a bendizer qualquer tirano.
Já extintos o pudor, de trono a trono
Vendem o braço francês tão forte;
A glória, a glória, medem-nos por lágrimas.
Buscai, meus filhos, uma bela morte!”

Aqui a filha interrompeu-lhe as queixas
Fiando ainda, e murmurou-lhe a medo
Um desses cantos que aterrando os sólios,
Despertaram outrora os reis tão cedo.
“Renova este canta , ó povo: é tempo.”
Disse em voz baixa, e relevando o porte,
E aos netinhos que dormem, vai dizendo:
“Buscai, meus filhos, uma bela morte!”

 

*

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 Página publicada em abril de 2023
      


 

 

 
 
 
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